quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Dificuldades, anseios e expectativas

Fazer teatro na escola não é pra qualquer um. Tem que ter disposição, empenho e compromisso. Participar das oficinas é quase que um despojamento, ou seja, caem as máscaras e sobra somente quem se é e muitas vezes os adolescentes não querem ver quem são e menos ainda se expor aos outros "desconhecidos". Talves a dificuldade maior é vencer essa etapa: estar apto para descobertas e permitir que outras pessoas possam auxiliar no seu crescimento pessoal. Em alguns existe a vontade latente de querer fazer teatro, mas existem também os empecilhos: o que meus amigos irão pensar? tenho medo de fazer feio; sinto vergonha de falar na frente dos outros; e se eu errar?
O interessante é que sempre encontramos aqueles que querem correr o risco, pois sentem a necessidade de vivenciar essa experiência quase terapêutica. Teatro na escola é consolidar um grupo solidário e isso é um processo muito difícil. Os participantes devem abrir mão de suas idéias e aceitar a idéia do coletivo, o que muitas vezes geram discussões e impasses aparentemente inssolúveis mas que no fim, ccomo num conto de fadas, existe a varinha mágica que permite que o espetáculo aconteça. E que espetáculo!
E então o público (alunos, professores, pais e demais convidados) podem apreciar o resultado de um trabalho de um curto período, mas que se torna grande aos olhos de todos. Enxergamos além da peça, a transformação exercida em cada aluno. Nem sempre iremos ter mais alunos participantes do que antes, mas é certo que assistir a um espetáculo de qualidade produzido por um grupo de alunos e uma professora idealista pode ser uma forma de educar, de refletir e assim o teatro cumpre a sua função pedagógica.
Pela voz de poucos podemos educar muitos!

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